Planejamento para reduzir riscos

Publicada 15/01/2019

Docente da Faculdade Unimed tem artigo publicado em jornal gaúcho

Recentemente, o portal de notícias GaúchaZH, de Porto Alegre/RS, publicou um artigo na coluna Opinião assinado pelo professor da Faculdade Unimed e médico oncologista, Stephen Doral Stefani. Confira, abaixo, a íntegra do texto.

O ser humano tem mais de 250 mil anos e o primeiro hospital só surgiu em torno de 700 d.C. Nós só chegamos até aqui, portanto, porque temos um pronto socorro interno: o sistema imunológico. Nossos glóbulos brancos e anticorpos, defensores em escala microscópica, garantem que nosso corpo resista a maioria das agressões diárias. Um grande problema é que o câncer, uma doença cada vez mais comum, sabe escapar dessa vigilância. Ao mesmo tempo que libera proteínas suspeitas, que ativam um alarme para o nosso sistema de defesas, a doença também libera proteínas reguladoras, que inibem as respostas imunológicas adequadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a incidência do câncer vai crescer de 14 para 22 milhões de pessoas até 2030, o tornando-o a principal causa de morte no planeta. No decorrer da vida, as estimativas sugerem risco acumulado de 43% para homens desenvolverem câncer e 38% para mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. 

“Comprometimento pessoal e coletivo aumenta a chance de sucesso”

O ano de 2018, entretanto, foi marcado por um fato que merece comemoração. O americano James Allison e japonês Tasuku Honjo, dois pioneiros da imunoterapia – um tipo de treinamento que envolve re-ensinar o sistema imunológico a reconhecer o câncer – foram agraciados com  o prêmio Nobel de Medicina. Reconheceu-se o enorme impacto de um arsenal terapêutico que a comunidade científica mundial classificou como uma "mudança do jogo" tão importante como a penicilina foi para as infecções.

Aproveitando as populares resoluções de ano novo, cabe propor reflexões e planejamentos práticos para reduzir nossos riscos de entrar nessas estatísticas.  Pelo menos um terço dos casos poderia ser prevenido, evitando-se fatores de risco como exposição desprotegida ao sol, excesso de uso de álcool, obesidade e tabagismo. Só o cigarro é responsável por 22% das mortes por câncer. 

O comprometimento pessoal e coletivo, associado a políticas de saúde responsáveis, aumentam a chance de sucesso. Estamos mais próximos de dizer que o câncer começou essa briga, mas nós vamos acabar com ela.

Por Stephen Doral Stefani, professor da Faculdade Unimed e médico oncologista.
Publicado em: Portal GaúchaZH 03/01/19
 




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