Terapia intensiva, urgência e emergência: que habilidades o médico precisa ter para atuar na área?

Publicada 13/09/2018

O trabalho dos profissionais de saúde nunca será simples. Aqueles que atuam em terapia intensiva, urgência e emergência, entretanto, se veem diante de situações extremamente complexas. Os pacientes que chegam até esses serviços estão em risco iminente e precisam de atendimento rápido e eficaz.

Isso exige muito do médico, que precisa lidar com a pressão do momento e tomar decisões acertadas. Muitas vezes, o tempo e os recursos limitam a ação, fazendo com que o profissional precise desviar das intercorrências para fazer seu trabalho e salvar o paciente.

Dessa forma, além de conhecer profundamente as questões de saúde e doença, o médico que atua na urgência precisa também desenvolver habilidades ligadas à complexidade dessa função. Quer saber mais sobre isso? Acompanhe as informações que trouxemos!
 

Que habilidades são necessárias para atuar na urgência e emergência?

 

Manter-se alerta

A rotina de urgência não permite muito descanso ou momentos de calmaria. De repente, pode chegar um caso extremamente grave para a equipe. Por isso, os profissionais já precisam estar preparados. Manter o corpo em estado de alerta constante é uma necessidade.

Definir os processos de atendimento e contar com o suporte de outros profissionais também é fundamental. Sempre que chegam casos novos, todos devem estar prontos para fazer a avaliação, classificar os riscos e encaminhar os pacientes da melhor forma.


Tomar decisões rápidas

Quando se trata de recuperar a saúde, o tempo não é um aliado. Essa dificuldade é ainda maior nos serviços de terapia intensiva, urgência e emergência. Afinal, conseguir (e manter) a estabilidade dos pacientes é um desafio.

Dessa forma, a capacidade de analisar rapidamente a situação e tomar decisões ágeis faz toda a diferença na rotina da equipe que trabalha nesse campo. Saber lidar com a pressão é um pré-requisito. É preciso se manter calmo e consciente mesmo diante de uma realidade extrema.


Ter resistência para tolerar os plantões

Toda essa pressão mexe com o médico nos seus aspectos físicos e emocionais. O corpo sente a tensão e responde a ela, ficando exausto mais rapidamente. Mas não há muito espaço para descansar, pois o profissional precisa estar atento durante todo o plantão.

Por isso, uma competência indispensável para o médico que atende urgências é ter resistência física e mental para suportar as horas de trabalho ininterruptas. Cuidar da própria saúde é essencial nesses casos. Dormir bem e manter-se alimentado e hidratado garante que sua mente e corpo respondam à demanda.


Saber lidar com a limitação de recursos

O atendimento de emergências — quando a vida de pessoas está em risco, e a equipe não tem controle sobre quais problemas de saúde vão chegar até ela — exige a disponibilização de diversos materiais e equipamentos. Infelizmente, a estrutura nem sempre é adequada, principalmente quando falamos da saúde pública.

Assim, a habilidade para enfrentar essas dificuldades acaba sendo uma necessidade para os profissionais da área. Saber otimizar o uso dos materiais disponíveis e encaminhar rapidamente o paciente para locais que o atenderão melhor é função do médico de urgência.

A transferência, entretanto, só pode ser realizada quando o paciente for atendido e se encontrar estável. É preciso garantir que ele tenha condições favoráveis para suportar a viagem sem maiores danos à sua saúde.


Comunicar-se com o paciente

O trabalho do médico de emergências precisa ser feito de maneira muito rápida, mas isso não é motivo para ignorar o paciente. Além de realizar os procedimentos práticos, o profissional precisa também exercitar sua empatia e acolher o doente.

A pessoa que chega a um serviço de urgência está bastante abalada, tanto física quanto emocionalmente. Recebê-la bem, tentar acalmá-la e mantê-la informada sobre todos os passos do atendimento médico é fundamental.

Em alguns casos emergenciais, o diálogo do médico se dá não com o paciente, mas com sua família. De maneira semelhante, os parentes também precisam de acolhimento e informações relevantes. O nervosismo de levar um familiar para a urgência é enorme.


Manter seus conhecimentos atualizados

O médico que atua em urgência e emergência precisa estar preparado para tudo. As situações que chegam para ele são extremamente diversas e complexas. Desde acidentes de trânsito até problemas crônicos de saúde. Por isso, atualizar os conhecimentos e práticas é uma exigência dessa área.

A graduação não é suficiente para preparar o profissional para esses atendimentos. Então, investir em formação complementar e estar sempre acompanhando as novidades do campo médico é essencial.


Trabalhar bem em equipe

Por fim, o médico não está sozinho na urgência e emergência. Saber atuar em grupo e desenvolver afinidade com os outros profissionais da equipe ajuda muito a prestar um atendimento com eficiência e agilidade.

Cada membro do grupo precisa entender o seu papel e o dos outros. Assim, o profissional está apto para tomar as decisões necessárias de maneira rápida. Além disso, é muito bom contar com o suporte dos colegas para discutir procedimentos e fazer escolhas bem embasadas.

 

O que fazer para se capacitar para esse trabalho?

Como você viu, atender urgência e emergência é algo complexo e permeado por desafios. Ao mesmo tempo, é comum que essa seja uma função exercida por profissionais recém-formados. Entretanto, a faculdade dificilmente oferece toda a preparação necessária para essa prática.

Além da curta experiência profissional, os médicos que se formaram há pouco tempo também lidam com a insegurança nos atendimentos. Aguentar a pressão da rotina e conseguir manter a calma para tomar decisões de vida e morte não é fácil. Por isso, procurar capacitações além da graduação é uma boa ideia.

Cursos de especialização oferecem maior segurança aos profissionais nesse tipo de atendimento. É muito útil fazer uma pós-graduação e obter formação específica sobre pacientes críticos, para garantir a qualidade do trabalho nas unidades de terapia intensiva e nos serviços emergenciais.

Cada vez mais, as instituições de saúde e os próprios médicos têm entendido que a atuação nessa área demanda conhecimentos e habilidades bastante específicas. Assim, para obter bons resultados, a formação é indispensável. Tanto os pacientes quanto os profissionais se beneficiam da capacitação.

Os desafios da urgência e emergência são grandes e diversos. O médico que deseja seguir carreira nesse nicho precisa ficar atento às suas necessidades formativas e procurar formas de se manter atualizado. As habilidades que citamos aqui devem ser desenvolvidas durante toda a vida estudantil e profissional.

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