5 dicas para lidar com pacientes que pesquisam no Google antes da consulta

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Publicada 20/07/2018

Uma mancha diferente na pele, uma dorzinha de cabeça insistente ou um mal-estar repentino: qualquer mínima alteração no estado de saúde pode levar uma pessoa a pesquisar na internet sobre o seu sintoma e as possíveis doenças relacionadas.

Esse comportamento, cada vez mais frequente, tende a dificultar o atendimento dos verdadeiros profissionais. A pergunta é: como os médicos devem lidar com os pacientes que pesquisam no Google?

Você, que é profissional da saúde, sabe bem que a facilidade de acesso à informação modificou a relação médico x paciente. Continue acompanhando o nosso artigo e conheça 5 dicas essenciais para lidar com os pacientes na era do autodiagnóstico!

A influência do Google

Quem nunca apelou para a web quando sentiu uma dor ou um incômodo diferente? Diante do primeiro sinal de alteração na saúde, as pessoas já acessam a internet, diretamente de seus smartphones, e realizam uma consulta imediata com o Google.

Quer facilidade maior que essa? Muita gente pode até se perguntar: “Por que me locomover até um consultório ou hospital e enfrentar horas de espera se a internet me dá todas as respostas médicas que eu preciso” Claro que essa é uma conduta imprudente, mas sabemos que a maioria das pessoas, hoje, age dessa forma.

O acesso instantâneo à informação modificou totalmente a vida das pessoas. Mas, se não houver bom senso e capacidade de analisar a confiabilidade das fontes e o suporte científico das páginas consultadas, os resultados dessa onda digital podem ser negativos.

No Google, nós encontramos respostas para absolutamente qualquer dúvida. Não importa o termo ou palavra-chave que você digite nos buscadores, sempre vão aparecer informações sobre o assunto da sua pesquisa.

O problema é que a maioria dos textos e vídeos encontrados na web apresentam conteúdos equivocados. Afinal, qualquer pessoa pode criar um blog ou uma página nas redes sociais e postar as informações que quiser. Não existe um filtro de veracidade para isso.

Também existem os grupos virtuais e fóruns de discussão, nos quais vários internautas dão depoimentos sobre suas próprias histórias. As pessoas mais vulneráveis podem se deixar levar facilmente, esquecendo-se de que cada caso requer uma avaliação médica específica.

O autodiagnóstico é um comportamento cada vez mais comum na nova geração de enfermos e pode ser prejudicial. Isso porque, dependendo das informações encontradas, o paciente pode entrar em pânico sem razão ou ignorar a gravidade do seu quadro de saúde e não procurar o acompanhamento médico adequado.

Se antigamente havia falta de conhecimento e excesso de confiança nos tratamentos caseiros, hoje, é o excesso de informações que pode atrapalhar a prática da medicina. Sendo assim, cabe aos médicos se prepararem para lidar com os pacientes “informados” e alertá-los sobre os riscos de confiar no Google.

O cuidado com os pacientes que pesquisam no Google

Antes, o médico era visto como único detentor do saber e suas orientações eram inquestionáveis. Agora, os profissionais da saúde devem estar preparados para as mudanças na relação com o paciente, que ocorreram com a facilidade de acesso ao conhecimento. Para conduzir o atendimento às pessoas que já chegam ao consultório com diagnósticos prontos, é necessário tomar alguns cuidados:

1. Primeiramente, escute

Ainda que seja desgastante entrar em discussão sobre temas que você, como profissional, já domina, antes de receber o paciente com apatia e ceticismo, tente ouvir o que ele tem a dizer.

Se as informações que ele traz são totalmente equivocadas, mostre o seu conhecimento e esclareça as dúvidas do paciente. Por outro lado, se ele trouxer referências bem embasadas, isso pode até poupar suas explicações, basta complementá-las e ressaltar a importância da avaliação específica para cada caso.

2. Tenha paciência e empatia

Se o paciente quiser expor seus conhecimentos incorretos, não demonstre irritabilidade. Tenha paciência, seja empático, compreenda a apreensão que o levou a buscar respostas na internet.

O papel do profissional da saúde é justamente o de informar as pessoas e direcioná-las ao tratamento certo. Então, diante do autodiagnóstico, reaja com bom humor, tire dúvidas e estabeleça uma relação de confiança com os pacientes. Entenda que, mesmo após a consulta ao Google, se eles estão ali no seu consultório, é porque precisam de certezas.

3. Transmita confiança

Com a disseminação das informações, é comum que algumas pessoas opinem que “os médicos de hoje já não são tão bons quanto os de antigamente”. Elas não sabem que os profissionais estão em constante atualização, participam de congressos e acompanham os estudos científicos mais recentes e as inovações da medicina.

No entanto, por mais que o paciente encontre tudo o que procura na web, ele ainda sabe que o médico é autoridade no assunto, então reafirme isso a ele. Comprove o seu conhecimento, transmita credibilidade e faça com que ele se sinta seguro.

4. Faça suas próprias pesquisas na web

Prepare-se para dialogar com os pacientes, tomando por base o próprio conteúdo que eles acessam. Faça também suas pesquisas no Google, verifique quais são as principais respostas encontradas e avalie se elas têm algum fundamento.

Dessa forma, fica mais fácil entender a perspectiva do paciente e orientá-lo sobre as informações falsas e sobre a importância de recorrer a opiniões médicas seguras. Você pode, inclusive, indicar alguns sites confiáveis para que ele atualize o conhecimento.

5. Esclareça a importância da avaliação médica

Ressalte a necessidade de fazer o acompanhamento médico adequado. Mesmo que algumas respostas do Google sejam razoáveis, existe sempre a especificidade da situação. Cada caso é um caso, e a avaliação médica considera o histórico do paciente, entre outros aspectos individuais.

Também é importante lembrar que um diagnóstico preciso requer a realização de exames. Por fim, o paciente deve compreender que somente um especialista pode definir o melhor tratamento para o seu quadro.

Então, se você também lida com pacientes que pesquisam no Google e chegam ao consultório com diagnósticos prontos e opiniões formadas, não se esqueça de: escutá-lo com paciência; demonstrar empatia; transmitir credibilidade; estabelecer uma relação de confiança; verificar as informações disponíveis na internet; e reafirmar a necessidade do acompanhamento médico.

Qual é a sua opinião sobre as pessoas que consultam o Google? Já teve alguma experiência que gostaria de compartilhar? Contribua com o tema e deixe o seu comentário aqui no nosso post!




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