Descubra o que torna o cooperativismo médico importante

Publicada 05/07/2019

Dividir igualitariamente os benefícios e as obrigações é a premissa de qualquer cooperativa. Dentro do cooperativismo médico não é diferente: os profissionais se associam para obter vantagens comuns, buscando o desenvolvimento do grupo e a melhoria contínua do sistema.

No Brasil, o maior exemplo de cooperativa na área da saúde é a Unimed. A empresa está presente em 84% do território nacional e conta com 114 mil médicos cooperados. Por esses números tão expressivos, já dá para imaginar que estamos falando de um modelo de negócios atrativo e que traz diversos benefícios também para a sociedade.

Não é sem razão que o nosso sistema privado de saúde é dominado pelas cooperativas médicas. Além de oferecer oportunidades de renda e crescimento profissional para os médicos, o cooperativismo é um modelo de referência na prevenção e atendimento aos pacientes.

Quer conhecer melhor o sistema cooperativista dentro da Medicina? Continue conosco!

 

O que são cooperativas médicas?

 

Unir-se para persistir no mercado: essa é a motivação do cooperativismo. No Brasil, esse sistema foi regulamentado pela Lei nº 5.764, de 1971, que determina que uma cooperativa é uma associação de profissionais criada para contribuir com bens ou serviços dentro de uma determinada atividade econômica.

Em 1994, a Lei nº 8.949 inseriu o cooperativismo dentro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como uma modalidade de terceirização. Dessa forma, não existe vínculo empregatício entre os cooperados e as empresas, e os profissionais trabalham de maneira autônoma, mas em conjunto.

O cooperativismo médico no Brasil surgiu no final da década de 60. Nosso país é o líder mundial nesse tipo de associação, sendo responsável por atender milhões de pessoas em território nacional. O sucesso desse modelo se deve a diversos fatores, incluindo:

  • grande aceitação da sociedade;

  • valorização dos médicos, com maior remuneração;

  • preocupação com o bem-estar social;

  • bom relacionamento com entidades de classe e organizações públicas e não governamentais;

  • difusão dos valores cooperativistas;

  • adoção de práticas sustentáveis.

Enquanto algumas cooperativas médicas reúnem apenas a equipe que atua em um estabelecimento, outras funcionam como operadoras de planos de saúde. Independentemente do porte, essas associações reúnem profissionais que buscam melhores condições de exercerem seus trabalhos.

Para os médicos, tornar-se um cooperado é uma maneira de somar forças para alcançar objetivos comuns. Ao se associar a uma cooperativa, o profissional ganha a segurança de ser um dos donos do negócio, com direito a participar igualitariamente das decisões e defender suas ideias.

Como as cooperativas não visam lucros, elas podem oferecer melhores preços à população e ainda remunerar adequadamente seus cooperados, que também recebem parte dos resultados caso haja sobras. Trata-se, portanto, de um modelo benéfico para todos os envolvidos.

Devemos ressaltar ainda que o modelo cooperativista não estimula a competição. Isso reflete tanto na qualidade dos atendimentos como no relacionamento entre os cooperados, que tende a ser pautado na valorização profissional, estimulando a troca de experiências e o crescimento coletivo.

 

Qual é o papel do médico em uma cooperativa?

 

Independentemente de ser ou não cooperado, o médico hoje em dia deixou de ser aquele profissional que apenas presta atendimentos aos pacientes. Cada vez mais vemos esses profissionais como diretores, auditores, conselheiros ou dirigentes de clínicas, hospitais ou outras empresas na área da saúde.

Percebemos, com isso, que muitos médicos já enxergaram o empreendedorismo como forma de progredir na carreira. No entanto, isso não significa abandonar os cuidados com os pacientes, mas sim desenvolver habilidades de gestão ao mesmo tempo em que continuam em seus consultórios ou salas de cirurgia.

Em uma cooperativa, os profissionais são donos e médicos, fazendo efetivamente parte desse sistema com voz ativa na administração do negócio, mas sem perder as raízes assistencialistas. Apesar de atuarem de maneira autônoma, os cooperados partilham decisões e resultados, visando sempre a prosperidade.

Para ingressar no cooperativismo, o primeiro passo é querer. Afinal, a adesão voluntária é um dos princípios que regem esse modelo. No entanto, aqueles que buscam ascender profissionalmente — atingindo até mesmo cargos de diretoria — devem investir no aprendizado de gestão.

Aliás, apoiar a qualificação dos cooperados é um papel importante dentro do cooperativismo médico. Diante dos desafios de um mercado cada vez mais acirrado, as atualizações são uma constante necessidade devido à regulação pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

 

Como se preparar para atuar no cooperativismo médico?

 

Você também concorda que o mundo parece mais acelerado ultimamente? A velocidade com que as transformações ocorrem, além de mexerem com sua vida pessoal, impactam também os negócios. Nesse contexto, estar atento às mudanças é um fator determinante para permanecer no mercado e alcançar novos espaços.

Um ponto importante a ser observado, por exemplo, são as variações no perfil demográfico da população. O aumento da expectativa de vida do brasileiro aliado à redução na taxa de fecundidade traz novos desafios à Medicina, como promover políticas de valorização dos idosos e adotar medidas voltadas para a atenção integral à saúde.

As cooperativas médicas precisam se adaptar às novas realidades. Isso só é possível quando existem profissionais capacitados a reconhecer as mudanças e adotar medidas inovadoras para atender às demandas que surgem. A melhor forma de alcançar essa qualificação tão necessária é buscar uma pós-graduação na área.

Há diversas opções de cursos de especialização ou MBA disponíveis e que farão a diferença na carreira de médicos cooperados e não cooperados. Alguns deles merecem destaque, como mostraremos a seguir.
 

Gestão de Cooperativas

Atualmente, não há muitos profissionais da saúde que também são gestores. A pós-graduação em Gestão de Cooperativas Aplicadas ao Sistema de Saúde tem como objetivo corrigir essa deficiência. O curso trabalha de forma multidisciplinar e busca formar líderes com senso crítico, capacitados para gerir uma organização de saúde.
 

Gestão de Negócios em Saúde

Gerir um empreendimento é repleto de desafios, e na área da saúde não é diferente. O curso de MBA em Gestão de Negócios em Saúde visa a formação de profissionais qualificados para essa tarefa, com o objetivo de atender às particularidades estratégicas do setor.
 

Administração Hospitalar

A crescente demanda da sociedade por serviços de qualidade somada à escassez de recursos financeiros e humanos faz com que os gestores de hospitais precisem inovar continuamente. Por meio de um MBA em Administração Hospitalar, os profissionais desenvolvem competências que são essenciais para enfrentar os desafios da gestão de um hospital.

Além desses cursos de pós-graduação em gestão, é possível encontrar diversos cursos de curta duração que ajudarão o médico a se desenvolver profissionalmente e entender melhor o universo das cooperativas. Na Faculdade Unimed, temos diversas opções para aqueles que desejam mergulhar no mundo do cooperativismo:

Por que investir no cooperativismo médico? Ora, em tempo de crise, as cooperativas oferecem uma alternativa segura para os médicos, que podem continuar a se desenvolver profissionalmente e, até mesmo, almejar melhores colocações. Quem sabe o posto de diretor não está a apenas alguns degraus de distância!

Mas não são apenas os graduados em Medicina que encontram seu espaço nas cooperativas médicas. A capacitação pode ser alcançada também por meio de outras graduações. Aproveite a oportunidade para saber mais sobre o curso tecnólogo em Gestão de Cooperativas!




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