O papel da enfermagem na segurança do paciente

Publicada 25/03/2021

Os profissionais de enfermagem representam um dos pilares da assistência em saúde no Brasil. De acordo com pesquisas, o país conta hoje com cerca de 500 mil médicos e mais de 2 milhões de enfermeiros, contando com auxiliares e técnicos.

Diante deste cenário, estes profissionais assumem um grande protagonismo não só no atendimento ao paciente, mas também na gestão das equipes de saúde, na administração hospitalar e na manutenção dos índices de qualidade assistencial.

Devido a sua ampla atuação dentro das instituições de saúde, os enfermeiros também têm um papel importante na segurança do paciente, que afeta diretamente a qualidade do serviço prestado.

Neste post, iremos ver como estes profissionais podem atuar na manutenção e disseminação dos protocolos de segurança do paciente em hospitais e clínicas.

 

Segurança do paciente

A segurança do paciente é um conjunto de medidas cujo objetivo é diminuir ao máximo os índices de erros evitáveis e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Para isso, foram criadas seis metas gerais que podem ser aplicadas em qualquer instituição:

 

1. Identificar os  pacientes corretamente

Identificar os pacientes com pulseiras contendo, pelo menos, seu nome completo e data de nascimento. O objetivo da identificação é evitar a medicação indevida ou até mesmo a realização de procedimentos médicos no paciente errado. Por mais que pareça algo improvável de acontecer, é importante e fácil reduzir estas possibilidades ao mínimo possível.

Também é possível utilizar cores diferentes de acordo com o local de internação, nível de gravidade do quadro clínico, risco de queda, entre outras informações importantes.

 

2. Aprimorar a qualidade da comunicação

comunicação é importante tanto para a relação entre médico e paciente, quanto entre os membros da equipe médica.

Uma comunicação efetiva deve ser clara, objetiva e completa. É preciso garantir que nenhum dos envolvidos – sejam eles membros da equipe, familiares do paciente ou o próprio paciente – fiquem com dúvidas ou interpretem informações importantes de maneira errônea.

 

3. Melhorar a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos:

Qualquer medicamento deve ser tratado com cuidado e de acordo com os 9 certos da medicação: 1. Medicação certa; 2. Paciente certo; 3. Dose certa; 4. Via certa; 5. Horário certo; 6. Registro certo; 7. Ação certa; 8. Forma farmacêutica certa e 9. Monitoramento certo.

 

4. Segurança em cirurgias

Antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico, confira se o local está higienizado, equipado e preparado para receber o paciente; faça a anamnese, a avaliação pré-anestésica, exame físico, confira o documento de consentimento do paciente e a sua identificação.

É importante também se certificar de que a equipe cirúrgica está completa e que todos sabem em detalhes os procedimentos que serão realizados.

Após a cirurgia, analise os pontos mais importantes, se ocorreu algum problema durante o procedimento, se houve falha nos aparelhos e se certifique de que nenhuma gaze, bisturi ou qualquer outro item foi esquecido dentro do paciente. Contar as gazes antes da cirurgia é uma maneira eficaz de evitar este tipo de erro.

 

5. Redução dos riscos de infecções hospitalares e relacionadas ao atendimento hospitalar

Ao passar por longos períodos de internação e/ou diversos procedimentos médicos, o paciente fica exposto a infecções hospitalares que podem ser evitadas com uma atitude simples: a higienização correta das mãos pela equipe de saúde.

Este pequeno cuidado pode evitar infecções que aumentam o tempo de internação, alongam o período de recuperação e podem até pôr em risco a vida do paciente.

 

6. Redução do risco de quedas e danos relacionados

Este último item visa prevenir danos ligados a quedas durante a internação e o período de observação.

Identificar os pacientes de acordo com este risco e oferecer um acompanhamento mais próximo àqueles classificados como pacientes de alto risco também é uma ação importante neste sentido.

Para conhecer em mais detalhes os protocolos de segurança do paciente, não deixe de conferir este post.

 

O papel do enfermeiro na segurança do paciente

Como pudemos ver nos protocolos acima, praticamente todos os itens podem ser exercidos pelas equipes de enfermagem, seja através de ações práticas – como a identificação dos pacientes, conferência dos medicamentos, classificação de risco e conferência dos centros cirúrgicos – seja através da gestão hospitalar, com a implantação de novos protocolos de higiene, cuidado com os pacientes e da liderança das equipes.

A questão da comunicação também é um item importante a ser observado pelas equipes de enfermagem, já que boa parte do contato dos pacientes é feito diretamente com enfermeiros, técnicos e auxiliares.

Devido a isso, os enfermeiros exercem um papel muito importante na adoção e cumprimento das metas de segurança do paciente, de forma que sem eles, dificilmente uma instituição conseguirá atingir os objetivos desejados.

O enfermeiro que deseja aprimorar a segurança do paciente no seu local de trabalho, deve procurar se capacitar na área.

Uma forma de conhecer em profundidade os conceitos de segurança do paciente, além de desenvolver as habilidades necessárias para preparar as equipes de saúde para aplicar os novos protocolos, é através de uma pós-graduação na área.

No MBA em Segurança do Paciente e Gestão Estratégica em Saúde o aluno irá desenvolver e estimular o pensamento crítico e a visão sistêmica das atividades da saúde, tendo a Gestão, a Qualidade e a Segurança como norteadores. O objetivo do curso é capacitar profissionais de alta performance para condução das organizações de saúde para um futuro sustentável, em decorrência de uma liderança e de uma gestão que garanta excelência operacional que assegure vantagens competitivas num mercado cada vez mais desafiador e competitivo.

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