Saiba como é a rotina de um médico emergencista

Publicada 16/10/2019

Quem nunca precisou correr para uma unidade de pronto-socorro, mas teve receio de cair nas mãos de um profissional despreparado e não ser bem atendido? Todos que trabalham na área da saúde lidam com a complexa missão de cuidar de vidas humanas, mas, para o médico emergencista, essa responsabilidade é ainda maior.

As situações de urgência e emergência carregam um agravante: a vida do paciente! Se não houver  intervenção rápida e precisa, o resultado pode ser irreversível. Por isso, a qualificação do profissional é um fator decisivo nesse tipo de atendimento. 

Neste texto, vamos abordar a importância do médico emergencista, as principais atividades de sua rotina e as habilidades necessárias para esse profissional. Leia mais sobre o assunto!
 

O que faz um médico emergencista?


A Medicina de Emergência é uma área que engloba desde o atendimento pré-hospitalar até o diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes em situação de risco, seja em razão de uma patologia em manifestação aguda, seja em decorrência de uma lesão que necessite de intervenção imediata.

O médico emergencista realiza um atendimento diretivo, com o intuito de evitar a mortalidade ou o agravamento desses casos. Para isso, ele deve ter um domínio generalista sobre as especialidades da Medicina, incluindo conhecimentos técnicos e científicos em relação a diversas doenças e seus possíveis tratamentos.

A experiência do profissional de emergência contempla a assistência a pacientes de todas as idades, incluindo desde os casos mais simples até aqueles de alta complexidade. Ele tem, inclusive, treinamento clínico-cirúrgico para realizar as intervenções necessárias, conforme a gravidade do quadro.

Devido à responsabilidade de salvar vidas a partir de decisões imediatas, o médico emergencista precisa ter preparo técnico e emocional para determinar, em questão de segundos, o que deve ser feito com o paciente — para onde ele será encaminhado, quais os procedimentos iniciais necessários, os medicamentos que devem ser preparados etc. 

A rotina desse profissional, além de demandar agilidade nas tomadas de decisão, ainda conta com uma carga intensa de pressão e estresse. Afinal, são vidas humanas que estão em suas mãos e que dependem de intervenções urgentes.

Para desempenhar essa importante missão na área da emergência, é preciso ser capaz de controlar o caos no dia a dia da profissão. As dificuldades estão presentes principalmente no cenário da saúde pública brasileira, retratada pela superlotação, pela quantidade insuficiente de leitos e pela falta de materiais e equipamentos médico-hospitalares.

Diante de tantos desafios, o médico emergencista precisa multiplicar seus serviços para conseguir atender o máximo possível de pacientes com o mínimo de condições que ele tem ao seu alcance.

Veja, agora, algumas das atividades que fazem parte da rotina desse profissional!


Atendimento em pronto-socorro

Atuar em unidades de pronto-atendimento está entre as práticas diárias do médico especialista em intervenções de emergência. Nesse contexto, outros profissionais também fazem parte da equipe, incluindo enfermeiros, ortopedistas, entre outros.

Normalmente, os hospitais trabalham com uma série de protocolos para priorizar a assistência aos casos mais urgentes. Para isso, os pacientes costumam passar por um processo de triagem. A partir desse procedimento, eles são classificados de acordo com a gravidade de seu quadro e encaminhados para o atendimento.


Atendimento de urgência

No dia a dia da profissão, o médico emergencista pode ser acionado a qualquer momento para acompanhar pacientes que precisam de atendimento urgente. Aqui, cabe ressaltar que, conceitualmente, há diferenças entre urgência e emergência, apesar de os dois termos serem usados frequentemente como sinônimos.

Quando há alto risco de morte ou quando o paciente enfrenta intenso sofrimento, é classificada uma situação de emergência. Já os casos de urgência estão relacionados a circunstâncias imprevistas, que podem ser de baixa ou de extrema gravidade. Portanto, as duas condições demandam assistência rápida, mas ambos os casos recebem tratamentos distintos e proporcionais à sua complexidade.  


Resgates

O profissional emergencista também integra equipes de resgate para salvar vítimas de acidentes, entre outras situações que requeiram atendimento médico urgente. Nesses casos, ele realiza os procedimentos de emergência para preservar as condições vitais do paciente e o acompanha até que ele seja transportado para um centro hospitalar, onde será encaminhado para outros cuidados necessários.


Quais habilidades esse profissional deve ter?


Assim como em outras carreiras, o médico emergencista também precisa desenvolver habilidades específicas para ter um bom desempenho no exercício de suas atividades. Conheça algumas das características que devem integrar o perfil desse profissional!

Raciocínio rápido
Quando se trata de salvar vidas, pensar com rapidez e decidir quais procedimentos serão realizados são ações que determinam resultados. O médico que atua no atendimento de emergência precisa ser ágil para avaliar o quadro de cada paciente e propor a intervenção adequada. 

Controle emocional
Ter facilidade para trabalhar sob pressão, lidar com o próprio estresse e se manter neutro diante de situações trágicas são traços do médico emergencista que indicam equilíbrio emocional. Essa habilidade é aperfeiçoada ao longo das experiências do profissional. Isso porque a intensa responsabilidade dessa carreira molda perfis de resiliência e autocontrole.

Tomada de decisões acertadas
Além de raciocinar com rapidez, o médico também deve ser capaz de tomar as decisões certas. Na Medicina de Emergência, um erro pode ser fatal, seja em uma intervenção arriscada, seja pela definição de um procedimento ineficaz. A experiência do profissional, o conhecimento teórico e o domínio técnico podem fazer toda a diferença nesse processo.

Disponibilidade para urgências
Médicos e enfermeiros sabem bem o quanto a rotina é exaustiva na área da saúde. Eles enfrentam longos plantões, com mínimas pausas para descanso. O emergencista, em especial, deve se habituar a uma carga horária bastante variável e se manter flexível para atender aos chamados de urgência.

Comunicação eficiente
Outra característica importante para o médico emergencista é a comunicação acessível e humanizada, especialmente diante da ansiedade e da apreensão dos pacientes e de seus familiares. Da mesma forma, o profissional deve saber se comunicar de forma clara e objetiva com sua equipe de trabalho. 


Por que se especializar nessa área?


Quando o paciente precisa consultar um médico de determinada especialidade, ele pode pesquisar diferentes opções, procurar referências do profissional e escolher alguém com um histórico confiável. No caso do emergencista, não é possível ter essa avaliação prévia. As pessoas chegam ao pronto-socorro e são atendidas por quem estiver no plantão.

Então, além de todas as competências e conhecimentos necessários, o médico que atua na emergência ainda precisa ter habilidade para transmitir confiança e construir a relação médico-paciente. Essa missão é somada à pressão das rápidas decisões e às condições de trabalho que nem sempre são favoráveis. Por essas e outras razões, o profissional precisa estar bem preparado para os desafios de sua rotina.

Com capacitação específica, o médico emergencista pode contribuir para a redução da mortalidade, ajudar a diminuir custos hospitalares e amenizar a superlotação, por meio da gestão e organização dos atendimentos. Portanto, uma especialização em urgência e emergência médica é essencial para otimizar os serviços nessa área e garantir mais segurança aos pacientes.

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